A Polícia Civil (PC), prendeu dois suspeitos de vender certificados de conclusão do ensino médio falsos em Rio Verde (GO).
Os agentes da PC acredita que a dupla agia desde 2009. Segundo a Polícia Civil, Otávio de Magalhães Walter Gomes (25) e Jhonatan Paes Almeida (20), foram detidos com três diplomas falsos na praça de alimentação de um shopping da cidade.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Jaqueline Camargo Machado, os suspeitos vendiam os documentos falsificados por diferentes preços, chegando a até R$ 1 mil. Todos eram de uma escola particular da cidade.
“Eles faziam a venda, pegavam os documentos, nome completo, dados necessários e levavam ate um terceiro, que era o falsificador. Eles disseram que já venderam entre 20 e 30 diplomas, mas vamos entrar em contato com as universidades de Rio Verde para ver se esse número pode ser bem maior, que é o que a gente acredita”, afirmou.
O terceiro suspeito de falsificar os documentos ainda não foi preso.
As investigações apontaram ainda que as assinaturas nos diplomas falsos não eram da diretora do colégio. Além disso, o suspeito de 25 anos disse à Polícia Civil que finalizou o ensino médio na escola em 2009 e vem usando o seu diploma como base para falsificar os demais. Todas as informações de frequências e notas eram mantidas, somente os dados pessoais eram mudados.
Ainda conforme a delegada, as pessoas que compraram os diplomas também vão responder por uso de documento falso. Se condenados, cada um pode pegar de um a 5 anos de prisão. “[Essa pessoa] não teve a conclusão do ensino médio, então ela não tem o requisito para ingressar na faculdade”, disse.
Denúncia
A diretora da escola da qual os documentos supostamente eram emitidos, Sônia Maria Moraes, soube que os diplomas estavam sendo falsificados e começou a pedir ajuda para as universidades da região para confirmar que os documentos eram falsos. Com as confirmações, ela fez dois boletins de ocorrência para denunciar o crime.
“Eu pedi às faculdades que olhassem a assinatura, para conferir. Então elas foram averiguando e mandando a documentação para a escola. Aquelas que estavam incorretas eu recolhia uma cópia e mandava para a delegacia”, afirmou.
Fonte: G1 Goiás (com adaptações)